Já tenho tudo o que quero – e sinceramente, tudo o que preciso. Claro que gostava de ter mais coisas, como boa consumista – mais blazers, malas, sapatos. Podia dar milhares de exemplos. Mas a verdade é que nada disso me faz verdadeiramente falta. E não quero absolutamente nada neste Natal (embora vá publicar umas wishlists – só por desporto!). Não quero mesmo nada. Aquilo que eu queria mesmo ninguém me pode dar – um vale de saúde vitalício para os que amo, e para mim mesma. O fim deste ano tem sido atribulado relativamente à saúde e mesmo à hipótese da vida/morte. Não comigo, mas com várias pessoas de quem gosto muito. E por isso só peço saúde. Saúde.
Para me gozar dos primeiros ordenados que aí vierem.
Para viajar.
Para permitir que viajem para me ver, quando eu for embora.
Para jantar fora, de vez em quando – com ele.
Para passear.
Para conhecer melhor Lisboa, como fazemos quando nos armamos em turistas.
Para passar fins-de-semana descansada, nos mimos dos meus pais.
Para ter sempre os meus pais a poderem dar-me mimos.
Para um dia, ter filhos.
Para um dia, os meus pais serem avós.
O meu irmão ser tio.
Os meus amigos serem padrinhos e madrinhas generosos, disponíveis, próximos.
Para gozar a vida.
Para trabalhar.
Em paz.
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E vocês, o que querem este Natal?
Fotos: Reprodução.
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